Amigos Para Sempre
00:00Adriane Ribeiro
Anos foram se passando e nossa amizade só aumentava, desde o dia em que ele me salvou em uma briga já se passaram 15 anos, mas naquele dia ia completar 3 anos de amizade. Apenas eu tinha me lembrado então resolvi ligar pra ele naquela noite para irmos em algum lugar encher a cara e, quem sabe, arranjarmos algumas garotas. Aquela noite tinha sido incrível, deixei ele na frente da casa dele com meu carro e então voltei pra minha. No dia seguinte eu nem acordei para ir a escola, estava mal pela noite passada. Como eu estava morando sozinho não iria acontecer nada mesmo, porque eu não teria minha mãe enchendo o meu saco para eu ir para a escola, por mais que ela morasse na mesma rua que eu junto com meu pai e minha tia.
Andrew morava com seu pai, e como aquele cara amava seu pai! Não sei se era pelo fato dele nunca ter conhecido a mãe dele que morreu em seu parto, porém aquilo nunca o abalou, claro que deve ter machucado ele muito, mas eu tinha certeza que ele havia superado a perda. Seu pai havia contado para ele quando viu que não tinha mais como esconder. Ele adorava contar histórias de sua vida pra mim, por isso eu o admirava muito, ele era aquele típico cara pacato porém se alguém pisasse no calo dele, ele iria revidar. Eu tinha certeza que a gente seria amigos para sempre, porém no dia da nossa formatura escolar, um cara o ameaçou e então ele quebrou o seu braço, eu não fiquei muito surpreso, ele sabia várias lutas marciais, e quando Andrew mandou ele ir embora, ele saiu com um olhar de raiva. Nem demos muita atenção para isso, porém no dia seguinte recebi uma ligação.
"Venha aqui ver seu amiguinho implorar pela vida". Eu sabia que tinha a ver com aquele cara, então sem pensar duas vezes, com medo que fizessem algo com o meu amigo, peguei um taco de beisebol que eu tinha e segui em direção a casa dele. Chegando lá, vejo a porta arrombada, porém com uma cadeira fechando-a, talvez para as pessoas não pudessem ver o que estava acontecendo lá dentro. Entrei na casa e vi algo que mudaria minha vida para sempre. Andrew estava no meio de sua sala, morto, e sem os seus dois braços... Eu nunca vou entender como alguém poderia chegar a esse ponto, tamanha crueldade! Lágrimas escorriam de meus olhos e eu só conseguia ouvir meus gritos.
"Por que Deus, por que?"
E então eu vi sobre mesa um celular, era o celular de Andrew e nele havia uma gravação. Sem saber o que fazer, comecei a ver, temendo ser o que eu pensava. Sim, era a gravação do ato, eram quatro caras, talvez amigos daquele que Andrew tinha quebrado o braço. Não quis ver o resto, eu estava em choque, minhas pernas tremendo, então resolvi entregar aquilo para a polícia. Mas antes eu liguei para os nossos colegas e pedi para que nos encontrássemos na minha casa em uma hora. Eu não podia deixar nossa amizade ser em vão, nossa amizade tinha que ficar dentro de mim pra sempre, em meia hora eu havia limpado toda a casa dele, jogando fora toda a droga que estava nela (Andrew era um viciado, porém havia abandonado as drogas a certo tempo).
E então eu vi sobre mesa um celular, era o celular de Andrew e nele havia uma gravação. Sem saber o que fazer, comecei a ver, temendo ser o que eu pensava. Sim, era a gravação do ato, eram quatro caras, talvez amigos daquele que Andrew tinha quebrado o braço. Não quis ver o resto, eu estava em choque, minhas pernas tremendo, então resolvi entregar aquilo para a polícia. Mas antes eu liguei para os nossos colegas e pedi para que nos encontrássemos na minha casa em uma hora. Eu não podia deixar nossa amizade ser em vão, nossa amizade tinha que ficar dentro de mim pra sempre, em meia hora eu havia limpado toda a casa dele, jogando fora toda a droga que estava nela (Andrew era um viciado, porém havia abandonado as drogas a certo tempo).
Então, depois de arrumar a casa dele, voltei para a minha e terminei de fazer um jantar, eu havia combinado com meus colegas pelo celular, disse que faria um jantar, eu não contei o verdadeiro motivo. Eu não tinha ligado para a polícia, só eu tinha visto, só eu sabia o que estava acontecendo.
Então, tocaram minha campainha, eram praticamente todos nossos colegas, pedi para que sentassem a mesa e disse que era apenas um jantar. Após todos terem jantado, eu resolvi contar o que havia acontecido, disse que queria eternizar nossa amizade com Andrew, principalmente a minha. Eu sabia que, a partir daquele dia, ele sempre estaria dentro de mim.
Até hoje eu não entendo o motivo pelo qual acharem que eu matei o meu próprio amigo, a polícia também me tinha como principal suspeito até o dia que acharam aquela maldita filmagem. Eu tive que mudar de país, fazer novos amigos porque aqueles não eram amigos de verdade. Esse pequeno pedaço de papel e esse toco de lápis é o que me sobrou nesse lugar, não consigo aceitar que me trancaram aqui, eles acham que sou louco, não sei se foi pelo fato de terem achado que eu tramei a morte de meu amigo, ou pelo fato de o ingrediente daquela janta ser os pedaços do meu velho amigo... Não importa, sei que tenho a certeza que Andrew sempre estará dentro de mim.
Enviado por Pedro Jardim (PJ)
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