Outro Hospital
23:37Drika RiLiEu... eu não... eu não sei onde estou. Há muita luz.
Eu estou morto?
Todo o meu corpo está doendo... Eu acho que isso significa que ainda não estou morto. Ao menos, não totalmente.
Tudo está ficando claro, agora.
Eu
acho que estou num hospital. Eu estou levantando... ou melhor,
tentando. Meu pescoço dói, não importa o quão devagar eu o mova.
"Por favor, fique de costas. Você passou por muitas coisas recentemente." uma enfermeira me diz.
Eu
olho para baixo, observando meus braços e pernas. Eles estão cobertos
de hematomas, cicatrizes e cortes. Há uma necrose (gangrena) ainda no
meu pé. Mas como isso aconteceu?!
"Qual é o seu nome?" Ela me
pergunta. Eu lhe digo meu nome, perguntando como diabos eu lembro disto,
mas não o que aconteceu. Sinto como se a parte de baixo do meu corpo
estivesse em chamas. Eles tiveram que agir melhor e rapidamente se
quisessem curar.
"O que aconteceu comigo?" Perguntei a ela.
"Você
quase foi atropelado por um caminhão. No meio da fuga, você caiu sobre
um toco de foi arranhado por vários galhos de árvores que estavam ali. O
motorista era um psicopata que tinha acabado de estar numa maré de
matança em um bairro. Ele parou o veículo e foi acabar com você
pessoalmente, devido à pista não ser grande o suficiente para girar em
torno de seu caminhão. E depois de uma difícil luta, você foi capaz de
matá-lo." Ela me disse, como se isso não fosse nada importante.
"Impossível!" Eu gritei de volta, ferindo meus pulmões. "Que provas você tem?"
"O
seu próprio testemunho, senhor. Chegamos na cena pouco depois de sua
luta e perguntamos o que tinha acontecido. Você respondeu tudo o que eu
lhe contei." ela disse.
"Se foi isso, então por que eu tenho uma
gangrena?" Eu disse. O fedor do meu corpo maltratado era insuportável,
nauseava-me. Este dia continuou piorando a cada minuto.
"Calma,
senhor. Você estava deitado na neve. Era inverno quando aconteceu, e
seus pés começaram a sofrer necrose." , explicou ela. "Agora eu preciso
que você para fique deitado. Vamos operar você"
Olhei ao redor do
meu quarto. A porta foi fechada firmemente e apenas as luzes do teto
livravam a sala da escuridão. A dificuldade em respirar crescia a cada
segundo enquanto eu não era operado.
A enfermeira tirou algum tipo de instrumento para a cirurgia. Ela começou a se mover em direção as minhas pernas.
"Espere! Você precisa de anestésicos, certo? Vai doer muito se eu não for anestesiado! Você é louca?
Ela riu com isso, dizendo-
"Nós estamos no inferno, é claro que vai ser doloroso!"
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